quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Trompe L’oeil


A expressão francesa: “tromper” - enganar, “l’oeil” - o olho, foi empregada para designar um recurso técnico artístico que utiliza a perspectiva, detalhes realistas ou o claro-escuro no bidimensional para criar uma ilusão de ótica, a ilusão de uma imagem tridimensional, um objeto real. Na pintura e na decoração, era usado desde a antiguidade em diversos contextos, inclusive o crítico (ou até humorístico), como nas obras do pintor surrealista belga René Magritte (1888-1971), que explora o limite da ambiguidade entre objeto real e sua representação. Um bom exemplo é sua conhecida tela onde figura um cachimbo e a frase “Isso não é um cachimbo”, de 1928-29.


A arte contemporânea coloca em questão a representação e a definição de arte. Paradoxalmente o hiper-realismo, popular nos EUA e Inglaterra desde 1960, reproduzem tão fielmente detalhes da realidade que causam um sentimento de irrealidade.
As capas para sofá “Capitoné” da Mercato Art brincam com a técnica trompe l'oeil em sua estampa.





O capitoné surgiu na Inglaterra, meados de 1840. A presença do capitoné na decoração é um reflexo da valorização do trabalho artesanal. Renovado pelo pensamento não convencional pós-moderno, hoje não se restringe ao elegante revestimento têxtil com botões e franzidos como na época em que foi criado, mas também como estampa de papéis de parede, cerâmicas, painéis, tecidos...

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